Oitenta e cinco minutos de domínio de jogo, suficientes oportunidades de golo desperdiçadas para vencer... Má sina a do Portimonense que continua cada vez mais afogado na classificação. Frente ao vizinho Olhanense, uma grande penalidade convertida por Djalmir a cinco minutos do fim, mudou o rumo daquela que seria a primeira história feliz de Carlos Azenha como treinador principal, tingindo o resultado de injustiça, face ao maior domínio e oportunidades de golo. Mas o futebol também se faz de eficácia...

Confira a FICHA DO JOGO

Mais um jogo do tudo o nada para o Portimonense, com Carlos Azenha a surpreender no onze inicial. Na defesa, Ricardo Nascimento passou de central para lateral esquerdo, e no meio campo defensivo, Soares foi titular ao lado de Elias. No ataque, Pires cedeu o lugar a Kadi e Ivanildo também foi preterido por Lito.

No Olhanense, Faquirá também procedeu a alterações. Com João Gonçalves castigado, Mexer derivou de central para lateral direito, entrando Ruben Micael para a zona central, ao lado de Maurício. Jorge Gonçalves, que trabalhou limitado durante a semana não entrou na lista de jogo e foi substituído no onze por Ismaily, na esquerda, passando Paulo Sérgio para a direita.

Carlos Azenha acertou nas mudanças. Ricardo Nascimento não deu chances a Paulo Sérgio para brilhar, com o ¿abre-latas¿ do Olhanense a ter os seus melhores momentos no corredor contrário, e Soares foi um pêndulo. Lito marcou o primeiro golo e Kadi foi um quabra-cabeça para a defesa do Olhanense.

Foi merecida a vantagem do Portimonense ao intervalo. Os jogadores de Azenha imprimiram velocidade ao jogo, e estiveram sempre mais perto do golo que o rival de Olhão, que, tranquilo, tentou transportar esse estado para dentro das quatro linhas. Muito gelo, importava arrefecer o ímpeto adversário, mas houve gelo a mais¿. Com ideias tão congeladas, a equipa de Faquirá não existiu ofensivamente, Djalmir se tocou três vezes na bola nesse período, foi muito, e Paulo Sérgio falhou a única oportunidade de golo do Olhanense, na primeira parte.

Com um jogo dinâmico, e com bastante velocidade no último terço, o Portimonense marcou um golo (por Lito), teve mais oportunidades e viu o árbitro Hugo Miguel anular um golo limpo a Kadi, que traduziria com mais rigor no marcador a diferença que existiu entre as duas equipas.

O Olhanense aqueceu na segunda parte e houve momentos em que equilibrou o jogo, sem, no entanto conseguir mais perigoso que o adversário. Djalmir, de cabeça viu Ventura anular-lhe boa oportunidade, mas Ricardo Baptista, a meio do período foi determinante para Candeias não aumentar o score, façanha repetida pouco depois.

O Olhanense foi forçando mais no ataque á medida que o tempo escoava. Forçava mas sem conseguir grandes veleidades perto da baliza de Ventura, com o Portimonense a não sentir dificuldades em anular as investidas.

Só que a história do jogo mudaria a cinco minutos do fim. Hugo Miguel viu Ricardo Pessoa tocar em Paulo Sérgio dentro da área, e assinalou uma grande penalidade, passível de discussão. Djalmir não enjeitou a oportunidade caída do céu e igualou o marcador, que só não pendeu para a equipa de Olhão, porque Djalmir falhou grande oportunidade já em tempo de descontos.