Fernando Santos: saída estava em cima da mesa

Fernando Santos admitiu que teria a continuidade no comando técnico da Seleção Nacional em causa se o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) não tivesse confirmado a redução do castigo de oito jogos que lhe foi aplicado em primeira instância. «Teríamos de ponderar muito bem essa situação. A imagem que fica tem muito mais a ver com a imagem. Não era muito normal que um selecionador não estivesse no banco numa fase final de uma competição», disse esta segunda-feira na primeira reação à redução do castigo, divulgada em primeira mão pelo Maisfutebol.

«Era um cutelo que estava aqui preso. Esperava não ter sido castigado, mas temos de aceitar. Não tenho dúvidas de que os juízes agiram de acordo com a sua consciência. Só me resta aceitar e acreditar na justiça», acrescentou o selecionador nacional, que agradeceu ao presidente da FPF, Fernando Gomes, pelo apoio prestado ao longo de todo o processo.»

«Foi preciso ter muita coragem para acreditar no meu pensamento em relação ao que me tinha sido imposto neste castigo. Era um momento muito difícil. Penso que podia ter posto em causa a sua função de presidente, a sua carreira. Não posso deixar de fazer este agradecimento público. Foi importante para este processo que tivesse disponibilizado todos os meios da federação, institucionais e jurídicos, para me apoiarem. Quando ainda neem me passava pela cabeça vir a ser selecionador nacional», afirmou antes de admitir que a estratégia da defesa passou, numa segunda fase, pelo adiamento da decisão. «Ponderámos a situação e era bom que [a decisão final] fosse mais tarde e não antes do primeiro jogo. Penso que era muito importante que eu estivesse no primeiro jogo.»

Fernando Santos mostrou ainda confiança «absoluta» em Ilídio Vale, que vai liderar a equipas das quinas nos próximos dois jogos oficiais, este domingo com a Sérvia e em junho com a Arménia. E deixou uma certeza: «Acho que vai correr tudo bem e que Portugal vai ganhar. (...) Acho que vai servir de tónico aos jogadores. Eles vão ganhar e vão dar-me esta vitória», disse antes de considerar que um triunfo sobre a Sérvia coloca Portugal com um pé no Euro2016.