De acordo com esta Lei, os Governo da Grã-Bretanha e da Holanda vão receber 3.500 milhões de euros, uma vez que garantiram os empréstimos aos depositantes que perderam os seus investimentos depois do colapso do Icesave, a divisão de Internet de Landsbanki, nacionalizado pelo Estado islandês.
O pagamento será feito ao longo de 15 anos e terá em consideração «certos critérios e pré condições para assegurar a evolução sustentável da dívida pública e para permitir à Islândia restaurar o seu sistema financeiro e a sua economia perante as suas obrigações internacionais», segundo um comunicado divulgado pelo Governo.
Para a primeira-ministra do país, a social-democrata Jóhanna
Sigurdardóttir, a «Lei Icesave» é «o maior compromisso financeiro adoptado pelo Governo na história da Islândia». A líder destacou também a necessidade de assegurar a recuperação económica islandesa. Por seu lado, o deputado do partido opositor do Progresso, Hoskuldur Thorhallsson, considera que «os islandeses foram condenados à pobreza nos próximos 40 anos».
A aprovação da nova lei foi debatida no parlamento durante dez semanas após o Governo ter chegado a acordo com os executivos britânico e holandês e surge agora com algumas alterações à proposta original. Para conseguir assegurar o pagamento proposto, o Governo terá que contrair novos empréstimos internacionais.
Há uns meses atrás, o Fundo Monetário Internacional (FMI)e outros países liderados pelos países nórdicos, disponibilizaram à Islândia empréstimos de 4.200 milhões de euros.
A Islândia já tinha sido ameaçada pelo FMI com o corte nos empréstimos e pela Grã-Bretanha e pela Holanda com o bloqueamento do pedido de entrada na União Europeia, caso a «Lei Icesave» não fosse aprovada.
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