Carlos Queiroz considera que os problemas que surgiram no Campeonato do Mundo «poderiam ter sido evitados se o chefe da delegação [Amândio Carvalho] tivesse agido em conformidade» depois das graves declarações de Deco a seguir ao jogo inaugural com a Costa do Marfim.

«Não deveria ter sido o seleccionador nacional a considerar os efeitos disciplinares e efectivos da conduta inaceitável de Deco, comprometendo o ambiente da selecção com as declarações que fez a seguir ao jogo com a Costa do Marfim», destacou o antigo seleccionador em declarações à Agência Lusa, desde o Brasil, onde está a passar férias.

Queiroz considera que apesar da «gravidade» dessas declarações, «vindas de um jogador com a idade e experiência de Deco», recorda «não ter visto o senhor Amândio de Carvalho indignado com aquelas u tão pouco preocupado em participar ao Conselho de Disciplina (CD) ou em agir quando estiveram em causa os interesses da selecção».

O antigo seleccionador diz ainda que «houve muita pressa em apresentarem uma queixa junto do CD» em relação a uma entrevista sua a um semanário, mas constata que «ainda não houve tempo para aplicarem a multa pecuniária que o presidente da FPF, Gilberto Madail, e o chefe da delegação determinaram para o jogador Deco». «Se o tivessem feito na devida altura, a opinião pública e alguma imprensa teriam tirado conclusões bem diferentes daquelas que eu tenho vindo a suportar», acrescentou.