Foi há precisamente 32 anos. A 13 de novembro de 1983, um penálti friamente convertido por Rui Jordão, diante daquele que, para muitos, era o melhor guarda-redes do seu tempo – Rinat Dassaev – permitiu a Portugal vencer a URSS em pleno estádio da Luz (1-0) e quebrar um jejum de 18 anos, qualificando-se para a segunda fase final de uma grande competição. Esse não foi o primeiro confronto entre Portugal e a seleção soviética – que nesses tempos, antes da queda do Muro, agrupava russos, ucranianos, e as populações de outras 13 repúblicas, tornadas independentes a partir de 1991. Mas foi, seguramente, um dos mais simbólicos, por ter virado uma página no histórico complexo de inferioridade do futebol português, e em particular da sua seleção, depois do Mundial de 1966.

32 anos passaram sobre essa tarde chuvosa em que Portugal carimbou o passaporte para França, graças a um penalti conquistado por Chalana – dentro ou fora da área? Julgue com os seus próprios olhos… -



Daí para cá, com a Rússia a tornar-se herdeira natural dessa seleção soviética, seguiram-se mais cinco jogos, com boas memórias no geral – como a vitória na fase de grupos do Euro 2004, que embalou Portugal para a caminhada até à final, ou a inesquecível goleada em Alvalade, na caminhada para o Mundial 2006. Os encontros da Minicopa, ou do Mundial 1966, e também a campanha de apuramento para o Mundial 2014 compõem um naipe de boas recordações nos embates com a Rússia, que atenuam, até, a goleada sofrida em 1983 (5-0), em Moscovo.

Até que ponto está familiarizado com a história dos jogos entre Portugal e a Rússia/URSS? Tem uma boa oportunidade para saber, respondendo ao nosso desafio:



Novidades e regressos numa seleção alternativa

Mas, pondo de lado a história, a seleção portuguesa que chegou a Krasnodar, ao fim da tarde desta quinta-feira, já noite na Rússia, tem uma composição bastante diferente da habitual. Sem alguns dos históricos, como Cristiano Ronaldo, Moutinho, Tiago, Ricardo Carvalho e Quaresma, tem, ainda assim, uma boa dose de experiência, com nomes como Patrício, o regressado Pepe, Bruno Alves e Nani a equilibrarem o grupo. Mas, não sendo tão experimental como o grupo que defrontou Cabo Verde, não deixa de ser uma convocatória onde 13 dos 23 eleitos têm menos de dez jogos com a camisola das quinas.

Para além das possíveis estreias de dois teenagers, Fernando Santos promoveu também o regresso de Nélson Oliveira, esperança adiada para o ataque de Portugal, pelo menos desde o Mundial sub-20, em 2011. Atualmente no Nottingham Forest, o avançado admitiu erros próprios numa carreira que não evoluiu como se antecipava.
Ricardo Pereira, emprestado pelo FC Porto ao Nice, foi outra das novidades a falar aos jornalistas antes da partida para a Rússia, assumindo a candidatura a uma vaga como extremo, posição onde a concorrência é forte.

Esse e outros temas serão abordados pelo selecionador Fernando Santos, nesta sexta-feira pelas 11.30 horas portuguesas, quando fizer a antevisão da partida, no Hotel onde a seleção está hospedada. Segue-se um treino na Academia do FC Krasnodar, pelas 14 horas em Portugal (mais três na Rússia) a última sessão antes do jogo de sábado, perante uma seleção russa que, recorde-se, garantiu o apuramento como segunda classificada no grupo G, atrás da sensacional Áustria, e à frente da Suécia.

Está familiarizado com o jogo deste sábado? Aceite o desafio e prove-o, respondendo ao nosso quiz!