«Naturalmente que a expulsão a meia hora do fim nos deixou a sensação de que a situação se pudesse deteriorar nos últimos minutos, mas isso acaba por valorizar a nossa vitória, que creio ter sido muito bem conseguida.
Desde o início da partida que quisemos impor o nosso futebol e a nossa forma de jogar e fizemo-lo, não diria que de forma brilhante, mas muito boa. Podíamos ter finalizado uma série de jogadas e depois, com dez elementos, perante uma equipa que está a perder e tenta reagir, claro que nós temos de nos defender.
Mas isso criou o cenário perfeito: com 11 em campo, fomos melhores, e com dez jogadores tivemos de apelar ao nosso espírito de sacrifício e a uma disponibilidade mental e física digna de realce. O Olhanense praticamente não tem bolas de golo, mesmo com mais um elemento.
Há que dar mérito aos jogadores e dar-lhes os parabéns pela capacidade de reação estupenda ao último jogo. Podíamos ter estado aqui a tremer e com medo da derrota, mas isso não aconteceu. Jogámos como equipa, de forma harmoniosa e solidária, e tivemos aqui uma noite muito boa. Veio pouca gente de Guimarães mas valorizamos a sua presença, por terem feito muitos quilómetros e por terem representado quem lá ficou em cima e que gosta muito do clube.»
«O Crivellaro tem qualidade mas houve outros desempenhos individuais de boa referência. O Crivellaro teve um desempenho muito bom, ao nível da qualidade de passe e da definição de lances, e merecia ter feito um golo, pois esteve perto em vários lances.
O que a equipa fez deixa-me ainda mais satisfeito porque, na semana passada, não foi isso que aconteceu. É digno de menção quando os jogadores têm a capacidade de, em sete dias, passar de um estado de derrota e depressão para reagir como fizeram hoje. Os grandes jogadores não se podem acomodar nem ficar frustrados, por isso, do ponto de vista individual e coletivo, fiquei muito satisfeito.»
