Portugal é um país de imigrantes e esse factor está a reflectir-se numa aposta cada vez mais efectiva em luso-descendentes para as selecções nacionais. Depois das selecções jovens masculinas, onde Amaury Bischoff e Manuel da Costa são dois bons exemplos, é agora a vez da selecção feminina de futebol testar soluções vindas do estrangeiro.

«Faço uma avaliação muito positiva, estou segura que há talento lá fora, a proveniência não importa, as que mostram qualidades ficam. O nível competitivo é normalmente mais elevado nas jogadoras que estão nos Estados Unidos, com uma capacidade atlética e uma agressividade diferentes, tal como as que estão em Espanha e na Suíça, que também têm um ritmo mais acelerado», afirmou Mónica Jorge, a seleccionadora nacional, em declarações à Lusa.

Cristina Silva (FC Concordia, Basileia) e Ana Rita Silva (SC Kriens, Lucerna) são as mais recentes luso-descendentes observadas e eleva para oito o número de «imigrantes» testadas.

Mónica Jorge garantiu que «há muitas mais jogadoras identificadas», muitas vezes através de indicação das próprias atletas.

«Eu, pelo meu país, faço tudo. Sempre que encontrar alguma jogadora portuguesa com qualidade indicarei à Mónica Jorge», afirmou Ana Rita Silva.