Sem dó nem piedade, um Sp. Braga sedento de vitórias trucidou por completo o Olhanense no jogo inaugural da décima-primeira jornada do campeonato. Os «Guerreiros» chegaram ao campo de batalha dispostos a deixar tudo em campo, apanhando pela frente um Olhanense sem poder de fogo para fazer frente à revolta minhota.

O máximo que a equipa de Olhão conseguiu foi fazer pairar os fantasmas do passado sobre o Estádio Municipal de Braga, no início do segundo tempo, quando Mauro cometeu grande penalidade e permitiu que a equipa orientada por Paulo Alves reduzisse a desvantagem no marcador.

Dois meses e meio depois a Pedreira voltou a sentir o prazer do triunfo. Depois de vencer o Estoril, em meados de Setembro, ainda as temperaturas faziam o mercúrio do termómetro subir, não mais o Sp. Braga tinha dado uma alegria em casa aos seus adeptos.

Entrada cheia de munições

O cenário estava mais do que exposto, as cinco derrotas consecutivas mais do que badaladas e esperava-se uma resposta cabal deste Braga de Jesualdo Ferreira. Assim foi, pelo quarto jogo consecutivo com o mesmo onze, o SP. Braga entrou pressionante e determinado a ofuscar qualquer estratégia montada pelo conjunto de Olhão.

FICHA DE JOGO E NOTAS DO SP. BRAGA-OLHANENSE


Foram apenas precisos três minutos para que a rede à guarda de Vid Belec abanasse. Não valeu, Rúben Micael estava em posição irregular, mas foi um aviso daquilo que os Guerreiros estavam destinados a fazer.

Apenas quatro minutos volvidos o esférico voltou a entrar, soltando o primeiro grito dos 8245 adeptos presentes nas bancadas. Terapia para o frio, e terapia para a alma de quem precisava urgentemente de saciar a sede de pontos, o irrequieto Rafa elevou a contenda deixando adivinhar uma noite tranquila em Braga.

Éder voltou a marcar e expulsou fantasmas da Pedreira

Sem que nada ao fizesse prever o Olhanense entrou destemido no segundo tempo, e uma infantilidade de Mauro, que travou Dionisi em falta dentro da área trouxe uma grande penalidade catalisadora para os homens de Paulo Alves. Perante Eduardo Celestino não falhou e trouxe alguns minutos de pânico à Pedreira.

Os homens de Olhão lá deram um ar da sua graça e dispuseram de um par de oportunidades flagrantes de golo. Ouviram-se assobios da bancada, os fantasmas voltaram a fazer-se sentir na Pedreira e Dionisi quase empatou o jogo.

Éder, que já não marcava no campeonato há nove meses, deu um pontapé definitivo na crise de resultados do Sp. Braga e empunhou espada e armadura, artilhando os Guerreiros para o que resta da temporada. Pardo, que entrou já nos descontos, ainda teve tempo da única vez que tocou na bola, para fazer o quarto e carimbar o resultado final.

Triunfo justo do Sp. Braga perante um Olhanense tímido e carente de opções ofensivas. Lufada de ar fresco da equipa de Jesualdo Ferreira antes da deslocação ao Estádio do Dragão. Paulo Alves tem muito que fazer nesta equipa do Olhanense, que pode no decorrer da jornada cair para os lugares de despromoção.