O Sporting regressou às vitórias quase um mês depois e recuperou, provisoriamente, o terceiro lugar. Após três empates seguidos, desta feita não houve minutos finais fatais nem um leão tristonho, que soube segurar a vantagem construída na primeira parte sem perder de vista a oportunidade de a dilatar na segunda. Dois grandes golos de Yannick Djaló, uma bola na barra de Polga, três excelentes defesas de Rui Patrício (todas com Bischoff na origem) e muito Matías deram outra alma a um Sporting, que tinha tudo a perder em casa (foi a quinta vitória em 13 jogos) frente a uma Académica que ainda não garantiu a manutenção. O Sporting voltou a sorrir e as pazes com os adeptos foram feitas. Foi uma boa vitória, colorida por meia dúzia de exibições individuais, antes da deslocação ao Dragão e no primeiro jogo em casa da nova direcção.

Para aproveitar um eventual resultado favorável no derby minhoto, o Sporting não podia desperdiçar a oportunidade de vencer a Académica, mesmo sabendo que o adversário contava somar pontos nesta deslocação.

O Sporting entrou forte e veloz e assim manteve-se. Uma primeira oportunidade logo aos dois minutos, falhada por Zapater, deu o mote aos leões, que voltariam a desperdiçar por Yannick Djaló pouco depois. Em ambas Matías esteve no desenho, como estaria em quase tudo o resto. O médio chileno é o novo menino bonito do Sporting e parece feliz com a consideração.

Aos 14 minutos, Carreño, que se estreou a titular (má aposta de Ulisses Morais) introduziu a bola na baliza de Rui Patrício, mas a posição irregular, rapidamente assinalada pela equipa de arbitragem, tranquilizou o leão. Quatro minutos depois, Hugo Miguel também negaria o golo a Vukcevic pelo mesmo motivo, após cabeceamento à barra de Polga.

Djaló-Patrício-Bischoff

O Sporting não marcou e, quando aos 26 minutos, uma grande intervenção de Rui Patrício negou o golo a Hugo Morais, após contra-ataque iniciado por Bischoff, temeu-se o pior, que a pressão de vencer se apoderasse do leão. Mas não passou de receio.

Peiser, que minutos antes defendeu mais um cabeceamento de Polga, novamente em jogada combinada com Matías, não conseguiu travar um grande remate de Yannick, na sequência de um canto curto de Vukcevic para Matías, que atrasaria para o avançado.

Seguiu-se mais uma grande jogada do Sporting, com Vukcevic a desmarcar Djaló com um passe soberbo e o camisola 20 a fazer um chapéu a Peiser, que ainda tocou na bola, mas já sem hipóteses de evitar o segundo golo do Sporting, o quinto de Yannick na prova.

Para o fim da primeira parte ficou o melhor, com Rui Patrício a defender com mestria dois livres superiormente marcados pelo jovem Bischoff, ex-Arsenal.

Vantagem... manteve-se

A segunda parte arrancou com mais um desperdício de Zapater, sempre bem intencionado, mas demasiado perdulário e hesitante junto à baliza de Peiser.

O Sporting tem, também, a agradecer a Ulisses Morais o facto de ter deixado Miguel Fidalgo no banco de suplentes. O estreante Carreño nunca foi uma solução credível, como demonstrou aos 60 minutos, quando, tendo Sougou solto na direita, não conseguiu servir o senegalês.

A vencer por dois golos, o Sporting permitiu-se desacelarar, entregando à Académica a responsabilidade de fazer mais. Grilo, reforço na segunda parte, cabeceou ao lado, a 20 minutos do apito final.

Mas o Sporting conseguiu segurar a vitória. Nos últimos cinco jogos, a equipa leonina sofreu apenas um golo e se José Couceiro disse que não tinha motivos para ter preocupações com a defesa, desta feita também pode dormir descansado com o trabalho bem sucedido do ataque.