A figura: Schaars

A palavra «equilíbrio» assenta bem no Clássico, mas também na exibição do holandês. Decide quase sempre bem, com rigor, de régua e esquadro nas mãos. Começou o jogo na posição habitual, como interior esquerdo, no apoio a Capel e vigiado de perto por Fernando. Após a saída de Renato Neto passou para a posição seis, perdendo algum protagonismo.

O momento: Izmailov faz o mais difícil

Faltavam sete minutos para o apito final quando Matías fugiu pela esquerda e cruzou atrasado para Izmailov. O russo, com a baliza à sua mercê, atrapalhou-se na hora do remate e permitiu que Alvaro Pereira evitasse o golo, desperdiçando assim uma soberana oportunidade para resolver o jogo.

Onyewu

Os defesas superiorizaram-se aos avançados, no clássico, e do lado leonino foi o «Capitão América» a comandar as operações. Com Polga mais preocupado com a marcação directa a Hulk, Onyewu preocupou-se sobretudo com as sobras, e esteve sempre muito atento.

Renato Neto

Foi a surpresa do «onze» de Domingos, com honras de titular logo na primeira vez que é convocado. É um jogador que se enquadra no perfil que o técnico leonino pretende para a posição seis: possante fisicamente, ocupa muito bem o espaço à frente dos centrais, mostrando depois capacidade para participar no processo ofensivo, apostando neste aspecto em processos simples. Não foi uma exibição perfeita (seria tremendamente injusto esperar isso), mas deixou sinais bem positivos, e no contexto de um clássico.

Izmailov

Foi suplente, mas ainda assim apresentou-se como o avançado mais inspirado da equipa da casa. Conseguiu dar algumas dores de cabeça a Alvaro Pereira, com a sua indiscutível qualidade técnica, ainda que o uruguaio lhe tenha negado um golo que parecia certo.