No final do último jogo, com o Brondby, o treinador Paulo Sérgio admitiu ainda estar à procura da equipa ideal e, frente ao Marítimo, voltou a mudar a sua táctica. Se contra os dinamarqueses, no play-off da Liga Europa, utilizou um 4x4x2 em losango, diante dos insulares optou por um 4x3x3, com Maniche, André Santos e Zapater no meio-capo e Yannick, Liedson e Vukcevic na frente de ataque.
Do outro lado da «barricada», o treinador Van der Gaag montou um esquema também algo diferente dos jogos anteriores, jogando num 4x4x2, com Cherrad - novidade no «onze» em relação ao jogo com o BATE Borisov - e Baba colados no ataque.
O Marítimo entrou no Estádio José Alvalade seguro na defesa e desinibido a atacar. Prova disso foi o trabalho que Rui Patrício teve diante de Baba e Cherrad, saindo sair várias vezes da área para afastar o perigo. O Sporting também respondeu e Vukcevic teve o golo nos pés aos 19 minutos, mas o remate diante do guarda-redes Marcelo saiu por cima. Instantes depois foi a vez de o montenegrino atirar um livre directo contra a trave da baliza maritimista.
Até ao intervalo, as ocasiões repartiram-se, com Liedson a dispor da melhor aos 36 minutos: após um remate de fora da área de Yannick, a que Marcelo respondeu com uma defesa incompleta, o «Levezinho» avançou para a recarga. O guarda-redes do Marítimo tocou no pé de Liedson, que também levava a perna muito levantada e acabou o lance no chão.
Do outro lado, os madeirenses também lutavam pelo golo e, a poucos minutos do intervalo, quando Rui Patrício saiu da área para mais uma defesa, o seu joelho chocou violentamente contra a cara de João Pereira. O lateral-direito do Sporting acabou por sair em maca e foi substituído por Anderson Polga.
Matías devolveu sorriso aos «leões»
Na segunda parte, o Sporting entrou mais aguerrido e deu logo trabalho a Marcelo. Mas o guardião do Marítimo salvou com classe um remate potente e de longe de André Santos e respondeu, depois, com bons reflexos a uma «bomba» de Maniche.
Apesar do ascendente, os «leões» voltaram a mostrar algumas dificuldades em acertar as jogadas de ataque. E, aos 65 minutos, foi mesmo o Marítimo que dispôs de uma grande oportunidade para se adiantar no marcador: após passe longo de Danilo a isolar Cherrad, Rui Patrício sai da área e o avançado aproveita para fazer um chapéu que saiu ligeiramente ao lado do poste direito.
Paulo Sérgio refrescou o meio-campo com Matías Fernández (rendeu Vukcevic) e o ataque com Carlos Saleiro (entrou para o lugar de Zapater). O Sporting manteve-se mais forte mas só a um minuto dos 90 gritou golo. Liedson caiu na grande-área, carregado por Tchô, e o chileno Matías Fernández concretizou o castigo máximo. Depois da euforia que se instalou em Alvalade, só o apito final de Bruno Paixão.
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Sporting-Marítimo, 1-0 (destaques)