Numa entrevista ao Maisfutebol, Adrien Silva recordou a temporada que fez no Sporting e confessou que ficou feliz com o que alcançou. Mas quer mais, sempre mais. Pelo caminho falou da seleção e de um grupo de gente trabalhadora com o qual tem aprendido muito, lembrando que encontrou jogadores com mais dez anos de futebol do que ele.
 
Esta foi a sua melhor época de sempre?
Evoluí em muitos aspetos, isso é verdade. Se foi a melhor... não sei.
 
Mas ficou contente…?
Sim, estou contente com o que fiz. Este ano havia uma competitividade maior no meio campo do Sporting, isso obrigou-me a dar ainda mais e a superar-me a todos os níveis.
 
Fez 42 jogos e 10 golos: são números que genericamente o satisfazem?
Faz parte da minha família, o meu pai incutiu-me isso, nunca estar satisfeito. Tinha o objetivo de fazer mais golos, tinha o objetivo de aguentar mais jogos, carregar nas pernas mais minutos consecutivos, e isso foi conseguido. Estou feliz nesse aspeto, mas quero ainda melhor, porque há sempre coisas para melhorar.
 
O que sente que lhe falta para subir ao próximo nível?
Há sempre coisas que temos a melhorar. Nunca está perfeito. Técnica e taticamente há sempre espaço para crescer. É uma questão de encaixar o momento.
 
Subir ao próximo nível é, por exemplo, estabelecer-se na seleção?
Sim, também. Tenho vindo a aparecer cada vez mais na seleção, tenho merecido a confiança do selecionador, a partir daí tenho que mostrar nos treinos que mereço uma oportunidade e tenho que retribuir da melhor forma.
 
Sente que está cada vez mais dentro do grupo da seleção nacional?
Tenho vindo a trabalhar no duro para isso. A seleção tem grandes jogadores na minha posição, jogadores que atuam nas melhores equipas da Europa, mas o que faço é tentar aprender com eles e tenho vindo a encontrar o meu espaço no grupo.
 
Está bem naquele grupo?
Muito. Muito bem.
 
Sente que aquele é o seu grupo?
Sem dúvida. É gente trabalhadora, humilde, que ajudam os companheiros e quando é assim, tudo se torna mais fácil.
 
O próprio Adrien sente que cresce como jogador na seleção?
Sim, claro. Todos crescemos a jogar com os melhores e contra os melhores. É aí que se aprende mais. Há jogadores que têm dez anos a mais de futebol do que eu, recordo-me do Ricardo Carvalho, do Tiago, são homens dos quais se bebe experiência.

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