Sebastian Coates não sabe o que o futuro lhe reserva, mas tem um desejo até final da carreira: voltar ao Nacional Montevideu, clube que o formou e pelo qual fez a estreia sénior, antes de mudar-se para o Liverpool.

Com contrato com o Sporting até 2023, o central não sabe, porém, quando poderá regressar ao Gran Parque Central.

«Desde que me fui [para a Europa] tive sempre a ideia de voltar ao Nacional, mas há fatores que não dependem só do jogador», disse, no programa ‘Locos por el fútbol, da radio Del Sol do Uruguai.

«Também depende do técnico que esteja na altura, da direção que esteja no clube, se quer contar contigo ou não», prosseguiu Coates.

«Eu tenho contrato até 2023 com o Sporting, teria 32 anos, perto de fazer 33 e depende de muitos fatores que podem não ter a ver com a ideia que uma pessoa tem», frisou.

O desejo de voltar ao Gran Parque Central, estádio do clube, é bem claro na cabeça do internacional uruguaio. «O meu sonho, a minha ideia é terminar aí, também porque os meus filhos não me viram jogar no Nacional», confessou.

«Para se cumprir, há elementos que têm de estar alinhados, mas se me perguntas, sim, quero voltar ao Nacional», concluiu sobre o tema.

Um rumor sobre um alegado interesse da Lazio foi desvalorizado pelo defesa também.

«Creio que muitas vezes, saem mais notícias na imprensa do que aquilo que nós sabemos, foi uma notícia que saiu em Portugal, mas nem o clube, nem o meu representante me disseram algo. Pode ser verdade, há sempre muito por detrás das coisas que os jogadores são os últimos a saber», argumentou.

De resto, Coates disse estar «muito cómodo» no Sporting. «Desde que cheguei joguei sempre, Portugal é muito parecido ao Uruguay, as pessoas são calorosas e o clima também», observou.

«O futebol é bonito porque faz-te conhecer lugares, de percorrer outras cidades e se aparecer a opção de outro clube, que seja para melhor», sublinhou.

Coates disse ainda que tem treinado em casa nesta altura de confinamento, mas que tem aproveitado bastante para desfrutar da família, que é o que perde normalmente devido à profissão.