Pobre chegou e pobre saiu do Bonfim este leão que quando quis ganhar já era demasiado tarde. O Sporting de Sá Pinto sofreu a primeira derrota no campeonato, depois de duas vitórias em Alvalade (e da qualificação para os oitavos da Liga Europa), frente a um V. Setúbal que conquistou seis pontos nas duas últimas jornadas. Bruno Amaro, aos 20 minutos, decidiu o resultado com um golo que dará para muitas repetições no pequeno ecrã. Targino acertou no poste e Matías falhou um penalty a cinco minutos do fim.

Chegou a ser confrangedora a exibição do Sporting, por oposição a um V. Setúbal substancialmente atrevido e organizado. O técnico sadino já tinha dito que receava apenas o Sporting de Domingos, mas a provocação, ao contrário do que tantas vezes acontece, não lhe saiu cara.

Só deu Vitória na primeira parte, o Sporting chegou com 45 minutos de atraso ao jogo e, claro, muito tarde. Os números não mentem. Enquanto Rui Patrício defendeu um livre, sofreu um golo e viu uma bola bater no poste, Diego, do outro lado, não fez nada, até porque o mais parecido com um remate do Sporting, por Schaars (18m), foi demasiado fraco para incomodar.

Bruno Amaro e Hugo Leal não deram hipóteses no meio-campo, na defesa Amoreirinha esteve impecável (só Suswam podia ter estragado a festa, com faltas desnecessárias para expulsão) e na frente Targino foi uma bala apontada ao pescoço, já de si apertado, do leão.

Um primeiro erro de Polga podia ter custado o primeiro golo, mas Targino, que fez tudo bem, não conseguiu evitar o poste (12m); um segundo erro de Xandão abriu mesmo caminho à derrota, após insistência de Bruno Amaro que, na recarga a defesa de Rui Patrício, atirou para defesa do camisola 93 já dentro da baliza.

De penalty em penalty

A queda de Diego Capel, após disputa com Suswam, ainda antes do intervalo não convenceu André Gralha, tal como não convenceu a queda de Matías, em lance com Bruno Amaro, na segunda parte.

Sem Van Wolfswinkel em campo, ele que nem no banco se sentou, Ribas foi primeira escolha, mas não foi a solução. Carrillo entrou no segundo tempo, com Sá Pinto a prescindir de Carriço e Schaars ao intervalo.

Diego, que até então tinha tido uma noite tranquila, defendeu com categoria um remate de fora da área de Izmailov aos 52 minutos, numa altura em que o leão crescia consideravelmente no jogo.

Mas o Vitória soube aguentar, na expectativa que estava desse sacrifício final. A cinco minutos do fim, Hugo Leal derrubou Rubio para penalty, mas Diego, uma vez mais, foi decisivo, negando o empate a Matías.

Com esta derrota, o Sporting já está a 11 pontos de Sp. Braga e Benfica e pode ser ultrapassado pelo Marítimo no quarto lugar. Tudo na véspera de receber o City. Já o Vitória pode respirar mais fundo.