O F.C. Porto caiu esta noite em Coimbra para a Taça de Portugal e Vítor Pereira deixou de ter espaço para continuar no banco.
Até poderia ter, se a eliminação resultasse de um acidente. Mas não foi nada disso que se viu. Aliás, o F.C. Porto esta temporada é tudo menos o resultado de acidentes.
Este F.C. Porto é, pelo menos até ver, uma decepção. Uma coerente e regular decepção. É débil, não tem soluções e, mais grave, deixou fugir a organização, a alma, a garra e a alegria. Em suma, embora lidere a Liga, é de menos.
Resta saber o motivo, provavelmente só quem vive no balneário o conhecerá. Para quem observa de fora, as evidências são demasiado gritantes e exigem medidas.
Vítor Pereira não será o único culpado. Mas a verdade é que nada tem feito para se defender. As opções atrás são incompreensíveis. A maneira como mexeu no meio-campo foi um erro de principiante (Fernando como opção para levar a bola?!). Inventar uma nova forma de jogar (4-4-2, com Kléber e Walter juntos!) quando se viu a perder assemelhou-se a desespero e imaturidade.
No início da época pensava-se que o F.C. Porto tinha perdido «apenas» o treinador e o melhor marcador. Até ver, perdeu também Hulk (que péssimo momento), tem os piores meses de Moutinho, o mais fraco Rolando e nem uma promessa de James. Mais o resto.
A culpa pode nem ser toda de Vítor Pereira, que esta noite foi honesto ao reconhecer que o F.C. Porto em Coimbra não existiu. Mas este é um daqueles momentos em que o diagnóstico não chega. É preciso resolver. Reconhecerá Pinto da Costa que se enganou?
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