Foi num domingo 16, que um jogador de 16 anos jogou os seus primeiros 16 minutos na equipa principal do Barcelona. Esse miúdo era Lionel Messi, uma jovem promessa que dez anos depois é um dos melhores jogadores do mundo. A estreia aconteceu na inauguração do estádio do Dragão, que, por isso mesmo, também celebra dez anos de existência. Os dois, Dragão e Messi, estarão para sempre ligados.

Nesta data história propomo-nos revisitar alguns dos melhores momentos do prodígio argentino. Os títulos, os momentos mais importantes, os golos mais vistosos. E começamos por essa estreia, ante um FC Porto orientado por José Mourinho, que muitas vezes viria a cruzar-se com Messi e que se tornou numa verdadeira besta negra (marcou 11 golos às suas equipas). Os dragões eram os vencedores da Taça UEFA e estavam na caminha para conquistar a Liga dos Campeões. A inauguração do novo estádio era um passo importante para o clube e o Barcelona o clube convidado para participar na festa. 

O treinador do Barça era Frank Rijkaard, que decidiu levar o jovem jogador até à cidade do Porto e deu-lhe oportunidade de jogar os minutos derradeiros da partida, entrando para o lugar de Fernando Navarro e envergando a camisola 14. Messi fez-se notar e esteve perto de marcar, sendo apenas parado pelo então guarda-redes dos dragões, Nuno Espírito Santo.

«Foi um dia muito importante, porque realizei um sonho de criança. Tinha lutado muito para que chegasse aquele dia e foi muito especial», recordou ao canal do Barcelona, relembrando a véspera da viagem:  «Estava a treinar com os juvenis. No fim, o coordenador chamou-me e disse que ia viajar com a primeira equipa. Pediu para aproveitar a experiência, mas para não tirar a cabeça dos juvenis».



De 2003 a 2013 poderá dizer-se que foi cumprida uma década prodigiosa e quem gosta de futebol tem de sentir-se feliz por poder assistir em tempo real ao aparecimento de um dos melhores de sempre. O argentino não só conquistou o coração de muitos adeptos, mas também títulos, 21 no total, sempre com o Barcelona.

São três Ligas dos Campeões, seis ligas espanholas, dois mundias de clubes, duas supertaças europeias, duas taças do Rei e seis supertaças de Espanha. A estes troféus pelo clube têm de ser acrescentados o mundial sub-20 e o oro olímpico pela Argentina.

Essenciais são, igualmente, as distinções individuais, com grande destaque para as quatro bolas de ouro consecutivas, às quais são acrescentadas as três botas de ouro e os três troféus pichichi. Foi o melhor marcador da Liga dos Campeões em cinco ocasiões e registou vários recordes individuais, como ter marcado 91 golos num ano civil (79 pelo Barça e 12 pela Argentina) ou os cinco golos ao Bayer Leverkusen na Champions.

No total, são já 326 golos pelo Barcelona quando tem ainda 26 anos. O primeiro aconteceu a 1 de maio de 2005, no Camp Nou, frente ao Albacete.



Dois anos depois já fazia um hat-trick ao Real Madrid, num dos clássicos mais vibrantes de sempre. O jogo terminou 3-3, com Messi a fazer o empate nos instantes finais.



Alguns dias depois, aquele que é considerado por muitos o seu grande golo. Aconteceu a 18 de abril de 2007, contra o Getafe. um momento maradoriano.



Volvidos mais dois anos e mais um golo decisivo, agora na final da Liga dos Campeões, contra o Manchester United de Cristiano Ronaldo. Messi marca o 2-0 de cabeça depois de ter perdido uma chuteira e celebra o momento com a bota na mão.



O Real Madrid foi alvo preferencial para o avançado. Em 2008 como em 2011, a mesma qualidade e eficácia





Surgiram golos quase tirados a fotocópia





Um golo parecido com o de Ronaldo em Compostela, batendo o ex-benfiquista Roberto, então no Saragoça



O golo ao Estudiantes no primeiro Mundial de Clubes para o Barcelona




O golo ao FC Porto, na Supertaça Europeia, disputada no Mónaco, com um nó cego a Helton



E os tais cinco golos ao Bayer Leverkusen, a 7 de março de 2012