O F.C. Porto despediu-se da fase de grupos da Liga Europa com mais uma vitória, a quinta em seis jogos. Ficou por um triz, portanto, uma carreira cem por cento vitoriosa. O triz, por exemplo, que faltou à bola que Ruben Micael fez andar por cima da linha de baliza nos minutos finais do empate caseiro com o Besiktas.

O que só serve para confirmar a realidade que o triunfo sobre o CSKA Sofia tornou evidente: que o F.C. Porto está claramente acima da média da Liga Europa. Mais: está claramente acima da esmagadora maioria das equipas da Liga Europa. Este líder da liga portuguesa é claramente uma equipa de Liga dos Campeões.

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A vitória desta noite, uma vitória bem maior que a magra diferença no marcador, provou-o quase sempre. Bastava o F.C. Porto acelerar um pouco para criar perigo. A igualdade conseguida pelos búlgaros, por exemplo, durou seis minutos. Após o golo de Delev, o dragão rematou uma vez, duas vezes, à terceira marcou.

Antes disso, Falcao tinha ficado a centímetros de fazer aquele que ameaçava ser o golo da competição. Recebeu de Belluschi, parou no peito e rematou de bicicleta. Lindo! Saiu ligeiramente alto e foi esse o único pecado que levou. Falcao que, pouco depois, falharia uma grande penalidade. Não era a noite dele, seguramente.

FICHA: Confira as notas dos jogadores

O F.C. Porto fartou-se aliás de pintar o jogo de pormenores agradáveis, e de falhar golos. Na primeira parte Walter já atirara em arco à barra e o mesmo Walter arrancou um grande aplauso numa finta no fim que permitiu ultrapassar dois adversários. Enfim, o jogo nunca foi brilhante, mas o F.C. Porto fê-lo valer a pena.

Villas-Boas lançou vários jogadores novos, num esquema de quatro médios na primeira parte, e mostrou que mais do que uma equipa, este F.C. Porto tem um bom plantel. Os três golos, registe-se, saíram dos pés de três atletas que não são habitualmente titulares: Otamendi, Ruben Micael e James.

No caso do central, começa a não haver explicação para não ser titular absoluto. Não só pelos golos que marca, mas pelo muito que joga. Otamendi é muito provavelmente o melhor central da equipa e é também o líder dentro de campo. Saiu a ganhar deste jogo, um pouco como fez o excelente Fucile, um lateral sem freio.

DESTAQUES: Otamendi, o líder (e muito Ruben Micael)

No plano oposto, só Souza parece não perceber o que é um trinco no futebol europeu. Perde-se em fintas e demora a soltar a bola. A única nota negativa em mais uma noite de afirmação do dragão. Uma noite que ajuda a confirmar o favoritismo ao triunfo na Liga Europa (só atrás de Man. City) nas casas de apostas.