Real Madrid, Manchester City, Bayern Munique. A ressaca europeia foi dura para gigantes. Depois de não terem vencido na Liga dos Campeões, nenhum deles conseguiu desforrar-se no campeonato. Como se não bastasse, o fim de semana fechou com a épica queda do Barcelona em Vigo. Pelo meio, o Manchester United a vacilar de novo. Nenhum deles ganhou. Um fim de semana louco nos grandes campeonatos da Europa.

O Real Madrid jogou no Bernabéu, sofreu um golo do Eibar aos seis minutos, reagiu com golo de Bale e assistência de Cristiano Ronaldo aos 17 minutos, mas não conseguiu fazer mais nos setenta e tal minutos de jogo que faltavam

Três golos em onze minutos e o Celta fê-lo outra vez

À noite, o Barcelona foi a última vítima da onda das rajadas de três golos. Este fim de semana aconteceu ao Sporting em Guimarães e depois na Alemanha, onde o Schalke marcou três ao Gladbach em sete minutos. Nos Balaídos o Celta Vigo teve 11 minutos de sonho: aos 22m, 1-0 por Pione Sisto, aos 31m foi Iago Aspas e, porque quando corre mal pode mesmo correr pior, aos 33m Mathieu fez autogolo. O Barça reagiu, reduziu para 3-2, golos de Piqué e Neymar, mas depois Ter Stegen cometeu um erro inacreditável e deu o 4-2 ao Celta.

Piqué ainda marcou um terceiro, mas não evitou a derrota do Barça. O Celta, que na época passada tinha ganho ao Barça por 4-1 nos Balaídos, repetiu a proeza.

Ficou a rir o Atlético de Madrid, que logo pela manhã de domingo sobreviveu ao incrível dom de Diego Alves para travar penáltis. O guarda-redes do Valencia defendeu mais dois (!), um de Griezmann e outro de Gabi, um inacreditável registo de 19 grandes penalidades paradas em 41.

Griezmann e Kevin Gameiro fizeram os golos que deixam a equipa de Diego Simeone e Tiago (de volta após lesão) na frente, em igualdade pontual com o Real Madrid.

Sorrisos em Londres e depressão em Manchester

Em Inglaterra, depois de abalada no empate com o Celtic, a solidez do Manchester City de Pep Guardiola, que começou a época com 11 vitórias seguidas, não resistiu ao grande teste da jornada com o Tottenham. Um autogolo de Kolarov embalou os londrinos, Delle Alli fez o resto. E de repente há apenas um ponto a separar o líder e o segundo classificado. Além disso, o Manchester United voltou a falhar. Em casa, frente ao Stoke City, dominou mas ficou-se por um empate a um golo. Mourinho diz que foi a melhor exibição da época dos «Reds». «Estou feliz com a exibição, mas quando o resultado devia ser 5-0 ou 6-0 e é 1-1 a felicidade desaparecer. Acho que foi a nossa melhor exibição a nível de futebol jogado», disse o português, que é sexto nesta altura, a cinco pontos do City.

Quem aproveitou a toda a linha esta ronda foi o Arsenal. A celebrar os 20 anos de Arsene Wenger no banco, os «Gunners» tiveram toda a fortuna do seu lado na visita ao Burnley. Ganharam no último minuto, num golo com a mão de Koscielny, que o árbitro não viu. E estão a dois pontos da liderança, a par do Liverpool.

#COYG pic.twitter.com/1rOvMwBJFo

— Arsenal's Voice (@ArsenalsVoice) October 2, 2016

Nem Munique nem Dortmund, a festa é em Berlim

Na Alemanha, em contrapartida, nenhum dos candidatos ficou a rir-se. O Bayern Munique, que sofreu frente ao At. Madrid a primeira derrota da temporada, perdeu os primeiros pontos da época na Bundesliga, ao empatar no Allianz Arena com o Colónia. O Borussia Dortmund entrou em campo a seguir e perdeu no terreno do Bayern Leverkusen, o que lhe custou o segundo lugar, onde mora agora o Hertha. Um grande arranque da equipa de Berlim, que venceu o Hamburgo com um bis de Ibisevic. O bósnio foi pai na sexta-feira e celebrou assim com os companheiros.

A goleada do Mónaco e Balotelli, porquê?

Em França, foi ronda de goleada histórica para o Monaco de Leonardo Jardim, nada menos que 7-0 ao Metz. Bernardo Silva marcou um dos golos naquela que foi a maior vitória de sempre da equipa do principado fora de casa.

Mas, no fim de semana em que também Éder voltou a marcar um golo, o primeiro desde a final do Europeu, a equipa do momento é o Nice, depois de mais uma vitória, agora sobre o Lorient, que começou com um golo do português Ricardo Pereira e acabou com quatro minutos de Mario Balotelli. Aos 86m, o golo que deu a vitória ao Nice. No minuto seguinte um cartão amarelo por tirar a camisola. E em cima dos 90m novo amarelo, depois de um bate boca entre o avançado italiano e Steven Moreira. Porquê sempre ele?

Foi um fim de semana de não sair de casa para os grandes da Europa, mas para toda a regra há uma exceção e ela mora em Itália, onde a Juventus não dá hipótese e até aumentou a vantagem na frente, depois da derrota do Nápoles. A ronda de Serie A terminou com jogo grande entre Roma e Inter, marcado pelo regresso de João Mário nos nerazzurri. Ganhou a Roma, que se juntou a Lazio, Chievo e Milan num grupo de terceiros classificados com 13 pontos, a um do Nápoles e cinco da Juve.