Ao assumir a ruptura e abandonar o cargo de treinador do Benfica, José Mourinho provocou uma série de ondas de choque. No mesmo dia em que o Sporting despediu Augusto Inácio, a notícia de que Mourinho pode trocar a Luz por Alvalade ajudou a aquecer os ânimos. 

Na Luz, a direcção do Benfica viu-se confrontada com um bando de Manuel Vilarinho

Depois da vitória de domingo sobre o Sporting, por 3-0, Mourinho, que chegou à Luz há dois meses sem quaisquer credenciais como técnico principal, tinha ganho finalmente a confiança dos adeptos.  

E os benfiquistas responsabilizam agora a direcção pela ruptura, Toni, o senhor que se segue no banco do Benfica, não terá vida fácil. 

O efeito Mourinho chegou a Alvalade. Os campeões nacionais consumaram hoje a ruptura há muito pressentida com o treinador Augusto Inácio, embora tenham sido poucos os argumentos a justificar o despedimento. 

Luís Duque, o presidente da SAD do Sporting, disse que não havia nenhum contrato com Mourinho, mas não desmentiu com muita convicção a notícia de que o técnico podia ir para Alvalade.  

Duque teve de falar por entre os gritos dos adeptos do Sporting que contestavam a eventual ida de Mourinho para Alvalade. Também o central Beto não pareceu achar muita graça à ideia. 

Do outro lado da Segunda Circular, na Luz, também a direcção teve que sofrer a contestação dos adeptos, bem mais acesa, mas por ter deixado sair Mourinho. 

Também os dirigentes do Benfica gritaram, por entre os apupos da multidão, que Mourinho tinha já um acordo com um outro clube português. A ver, em breve, qual será o próximo passo de Mourinho, o homem que, em poucos meses, se tornou numa das principais figuras da actualidade do futebol português.