«Se Paul Scholes não tivesse sido formado no Manchester United, provavelmente nem teria sido jogador de futebol». A afirmação é de Lee Kershaw, director da Academia de Carrington, onde o Manchester United prepara o seu futuro e assegura a continuidade da excelência competitiva daquele que é, para muitos, o maior clube do Mundo.

Mas como acreditar que um atleta da qualidade de Scholes tenha corrido o risco de nem sequer chegar a ser profissional de futebol? Kershaw explica: «Até aos 16 anos, Paul era muito, muito frágil fisicamente. Nunca foi uma grande atleta sob o ponto de vista físico: era magro, franzino e, ainda por cima, é asmático. Mas a verdade é que é um jogador fabuloso, com uma visão de jogo fantástica, uma técnica extraordinária. Caso contrário, em função de como era aos 16 anos, não ficaria no lote dos que continuam connosco a partir dessa idade».

O exemplo de Scholes é paradigmático: um dos titulares indiscutíveis do super Manchester United que beneficiou do trabalho de formação do seu clube. «Provavelmente, noutro clube, Scholes seria dispensado. O Manchester soube ver que tínhamos um caso especial e pudemos tirar os frutos dessa aposta. É um jogador fantástivo, ainda recentemente, com o Newcastle jogou à esquerda, quando ninguém contava, e fez um grande jogo».

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