Diego Simeone, treinador do Atlético Madrid, classificou como «lamentável» a morte de um adepto do Deportivo da Corunha, no passado domingo, nos arredores do Vicente Calderón, na sequência dos incidentes entre adeptos dos dois clubes.

A conferência de imprensa era para falar do jogo com o Hospitalet, relativo à Taça do Rei, mas ficou marcada, em grande parte, pelos trágicos acontecimento de domingo. «Não sou político, sou treinador de futebol. Condenamos a violência em todos os sentidos e esperamos que se possam encontra soluções para resolver esse problema», começou por destacar.

O antigo internacional argentino vem de um país também marcado por casos de extrema violência no futebol e, quando chegou ao Atlético, chegou a dizer que as bancadas no futebol espanhol em comparação com as argentinas eram a Disneylândia. «Oxalá que as pessoas que têm autoridade para resolver isto o façam interpretando todas as partes, sem que ninguém saia prejudicado. Oxalá se possa ir em paz a um campo de futebol», acrescentou.

Em causa está uma das claques do Atlético, a «Frente Atlético», conotada com casos de violência e que pode vir a ser proibida enquanto associação. «Estou aqui para treinar e não tomar decisões dessa natureza. Não os valorizo dessa forma, não os referencio. Não os associo ao trabalho da equipa. Espero que as pessoas que trabalham para termos paz nos dêem tranquilidade, não só nos campos, mas na vida em geral», acrescentou ainda.

Ancelotti, Löw e Simeone candidatos a treinador do ano

Diego Simeone é um dos treinadores nomeados para melhor treinador do ano depois de na última temporada ter conquistado o título espanhol e de ter conduzido o Atlético à final da Liga dos Campeões, disputada em Lisboa. «Não posso avaliar essa decisão, a não ser no sentido de ser um prémio ao grande trabalho de toda a equipa técnica, dos dirigentes e, sobretudo, dos jogadores. É algo muito bonito. Ficamos contentes, é o reflexo do que se passou nos últimos anos em que representámos o Atlético», comentou.

Quanto ao jogo com o Hospitalet. «É uma oportunidade enorme para os que jogam menos mostrarem o que têm. Espero que eles vejam o jogo dessa forma. Vamos formar uma equipa competitiva e dar à eliminatória o valor que ela merece», destacou ainda.