Um desempate por pontapés da marca de grande penalidade e um golo marcado fora decidiram os dois apurados para os quartos de final da Liga dos Campeões nos jogos desta terça-feira.

Em Madrid, houve dois jogadores que acabaram por sobressair desta equipa com a imagem de marca solidária. Além de Mario Suárez – o marcador do golo do tempo regulamentar eleito como o homem do jogo – foram Oblak, na baliza para defesa dos penáltis, e Fernando Torres, na marcação do pontapé decisivo, que acabaram por ter as últimas palavras no drama que se viveu no Vicente Calderón.

Aos 21 minutos de jogo, ainda com At. Madrid e Bayer Leverkusen empatados 0-0, Moyà lesionou-se e teve de deixar o seu lugar na baliza para o ex-benfiquista Oblak. O golo de Suárez igualou a eliminatória pouco depois. Sem mais golos, passou-se o prolongamento e passou-se aos penáltis.

Numa eliminatória decidida desta forma é impossível não ter Oblak como um dos responsáveis pelo apuramento, pois o guarda-redes esloveno saiu do banco para estar na baliza a defender um dos pontapés que tudo decidiam. Assim como Fernando Torres também entrou em campo (aos 83 minutos) para ter a sua quota (e derradeira) parte na história da eliminatória.

Foi El Niño quem converteu a última penalidade na hora das decisões, ao contrário de Kiessling. O avançado alemão do Bayer Leverkusen ainda teve hipótese de igualar o marcador, mas atirou a segunda bola para fora da equipa germânica – ele que, como Oblak e Torres também saiu do banco (aos 70 minutos), mas, em contraposição com os mesmos, acabou por ficar com a fava.

À quarta, foi de vez para o Atéltico.
 


No Mónaco, o Arsenal ficou a um golo de dar a volta a uma eliminatória em que tinha de recuperar de uma derrota por 3-1 em casa. A equipa de Arsène Wenger esteve perto, mas o Monaco de Leonardo Jardim saiu vivo do bombardeamento dos «gunners» e resistiu às duas balas dos canhões ingleses que fizeram estragos.
Ganhou o sofrimento da equipa de Carvalho, Moutinho e Silva. O Arsenal bombardeou e bombardeou, mas não devastou por completo o jardim dos portugueses. A equipa Wenger teve quase 70 por cento de posse de bola que traduziu e, 16 remates (contra apenas três do Mónaco). Uma equipa ataca como pode e outra defende o que precisa. Neste duelo, o domínio sufocante do Arsenal não chegou – com um rescaldo fiel do que se tem passado nas últimas épocas.

O Arsenal ganhou três jogos e empatou um dos últimos quatro encontros feitos na segunda mão dos oitavos de final da Champions. E foi sempre eliminado registando a quinta falha na mesma eliminatória em cinco épocas consecutivas na prova.

O Monaco chega aos quartos de final pela terceira vez e a França está com duas equipas entre as últimas oito da Liga dos Campeões 2014/15, depois do apuramento do PSG na semana passada. É mais uma aproximação dos gauleses a Portugal no ranking com responsabilidade da equipa mais portuguesa de França.