É uma constante nesta época. O Benfica não sabe ganhar depois de ser ver em desvantagem nesta temporada.

Diante do Boavista, na Luz, a equipa de Rui Vitória voltou a evidenciar esta tendência que já se tinha verificado em cinco outra ocasiões.

Curiosamente, o primeiro tropeção do Benfica deste género sucedeu também no Estádio da Luz: mais precisamente a 21 de agosto contra o V. Setúbal (1-1). Na altura, os sadinos adiantaram-se no marcador por Frederico Venâncio e Raul Jiménez evitou o desaire caseiro na conversão de uma grande penalidade já dentro dos últimos dez minutos.

Pouco mais de um mês depois, os encarnados perderam 4-2 com o Nápoles para a Liga dos Campeões. As águias chegaram a estar a perder, por 4-0, mas Guedes e Salvio atenuaram o resultado.

O mesmo cenário verificou-se depois nas visitas ao Estádio do Dragão (FC Porto, 1-1) aos Barreiros (Marítimo, 2-1) e na receção ao Nápoles (1-2). Diante do FC Porto, Lisandro evitou a derrota já em período de descontos, enquanto na Madeira a equipa de Rui Vitória ainda conseguiu chegar ao empate depois de ter estado em desvantagem, mas não só não conseguiu dar a volta aos acontecimentos como acabou por perder. Por fim, com o Nápoles, na última jornada do Grupo B da Liga dos Campeões, o melhor que o Benfica conseguiu foi reduzir depois de estar a perder por 2-0.

Contas feitas, são quatro jogos para a Liga (todos os que as águias não venceram) mais dois a contar para a Liga dos Campeões.

Por outro lado, é justo também dizer que o conjunto orientado por Rui Vitória raramente falha quando se vê em situação de vantagem. Nesta época, essa situação só se verificou nos dois jogos com os turcos do Besiktas (1-1 na Luz e 3-3 em Istambul, onde desperdiçou uma vantagem de três golos).

Recorde-se ainda que contra o Nacional, na Madeira, e com o 1.º Dezembro (no Estoril para a Taça de Portugal), as águias permitiram o empate depois de se terem adiantado no marcador, mas acabaram por levar a melhor.