A concorrência mais direta está forte, inclusive no contexto europeu, mas perante um teste importante o líder mostrou que também está de boa saúde. Os níveis de confiança permanecem estáveis e as pernas não tremem.

O diagnóstico é claramente positivo, tendo em conta o resultado, e na receita assinada pelo farmacêutico que trocou os comprimidos pelos golos aparecem apenas sessenta mil doses de vitamina encarnada, servidas em cartolina no Estádio da Luz.

Seguro e motivado, o Benfica realizou uma primeira meia hora de elevada nota artística. Com mobilidade, dinâmica. Nem sempre decidiu da melhor forma no último terço, durante este período, mas causou muitos problemas ao Sp. Braga.

Estavam cumpridos 21 minutos quando Jonas deu sentido à superioridade benfiquista. O brasileiro ganhou um ressalto a Danilo e depois de uma triangulação com Lima e Gaitán rematou de fora da área. Forte e colocado, sem hipóteses para Matheus.

Ao minuto 32 esteve à vista o segundo golo benfiquista, mas Aderlan Santos evitou-o quase em cima da linha de baliza, após remate de Salvio.

O ritmo de jogo quebrou um pouco depois disso, mas a vantagem da equipa de Jorge Jesus ao intervalo era mais do que justa. Já era curta, de resto. O Sp. Braga só criou perigo uma vez, en com um remate de longe de Pedro Tiba que Júlio César defendeu.

Eliseu confirma que à terceira é de vez

No início do segundo tempo a equipa de Sérgio Conceição deu a sensação de estar disposta a criar mais dificuldades ao adversário, mas tal não se confirmou. Ainda para mais porque ao minuto 59, quando o técnico «arsenalista» preparava a primeira alteração (Pedro Santos), Tiago Gomes viu o segundo cartão amarelo.

Em superioridade numérica o Benfica recuperou algum conforto no jogo e embalou para o golo da tranquilidade. Matheus segurou a esperança bracarense o mais possível. Primeiro com uma espantosa mancha a remate de Lima (61m), e depois perante duas tentativas de Eliseu (67 e 71m).

Mas à terceira tentativa o lateral esquerdo marcou mesmo, confirmando o triunfo benfiquista. E ao terceiro duelo da época o Benfica lá venceu o Sp. Braga, que tal como na ronda anterior, frente ao FC Porto, foi mais sólido defensivamente do que perigoso no ataque.

Se até ao 2-0 o Sp. Braga insistiu sempre no contra-ataque, inclusive com Zé Luís a ceder o lugar a Salvador Agra, só depois é que Sérgio Conceição decidiu arriscar mais, com a entrada de Éder, mas tirando um outro remate de Tiba, já bem perto do final, Júlio César teve uma noite descansada.

No número total de remates (19-5), no número de remates à baliza (8-1), na posse de bola (64 por cento) e até no número de pontapés de canto (11-2) a superioridade benfiquista ficou evidente.