Beto está radiante com a escolha que fez. Foi uma das contratações de José Mota, na preparação para uma época que, obviamente, implicava maiores exigências do que um projecto de subida na II Liga. 

E a verdade é que, até agora, esta tem sido uma aposta ganha. Beto assume um importante papel no meio-campo pacense. Dono da ala direita, revela uma considerável produção ofensiva e colabora na luta da zona intermediária ¿ crucial na maior parte dos jogos entre equipas de meio de tabela na I Liga. 

Não é, por isso, de admirar que Beto esteja no lote dos cobiçados do plantel do Paços. O brasileiro não o desmente, mas vai avisando: «O mister Mota já disse que em Dezembro ninguém sai. É verdade que alguns jogadores do plantel, nomeadamente os brasileiros, podem ter alguns convites, mas para já não há nada de concreto. Interessa agora pensar no Paços de Ferreira». 

Admitida a hipótese de uma saída, ainda que só no final da época, Beto reconhece que essa oportunidade só será possível se se confirmar a boa campanha pacense: «O Paços, pelas estruturas que tem e pela campanha que está a fazer, pode ser uma excelente vitrine para que possa dar um salto ainda maior. Claro que tenho ambições de representar um clube com mais prestígio, se bem que esteja muito satisfeito por aqui».  

Beto acredita que o élan pacense está para durar. E explica porquê: «Esta posição pode ser mantida, desde que continuemos com a mesma atitude. Já provámos que temos qualidade, caso contrário não estávamos na posição em que estamos. É bom estar à frente de equipas muito cotadas, como o Benfica ou o Guimarães, mas é bom lembrar que ainda é muito cedo. Estamos só na décima jornada, ainda falta muito campeonato». 

Proveniente do Recife F.C., clube pelo qual tinha assinado por quatro épocas, seis meses bastaram para que Beto despertasse o interesse do Paços. Muito provavelmente, a primeira etapa de um percurso ascendente no futebol português: «Estou muito contente por estar cá, porque o futebol português é muito bom e há a vantagem da língua». 

Sobre o sucesso do ataque do Paços, Beto não tem dúvidas em encontrar uma razão principal: «A união. A união entre todos permite que trabalhemos em conjunto pelo bem de toda a equipa». 
 

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