Se o Paços tem sido uma equipa elogiada do ponto de vista colectivo, a nível individual um nome tem reunido os maiores encómios: Rafael, o médio-ofensivo brasileiro que muitos já vêem num clube bem mais ambicioso que o Paços de Ferreira. 

Por enquanto, Rafael só pensa na formação pacense, mas admite que o bom trabalho desenvolvido pela formação de José Mota poderá despertar outros horizontes: «É bom saber que pode haver outros clubes interessados, mas sinceramente só sei o que tem vindo nos jornais. Isso não influencia o nosso trabalho, temos mantido a serenidade e queremos continuar a ajudar o Paços a fazer um grande campeonato».

Rafael é, a par de Paulo Vida, o melhor marcador do Paços, com seis golos já apontados. Um duelo que poderá trazer vantagens para a equipa... «Paulo Vida é um grande jogador. Temos conseguido entender-nos muito bem, é indiferente saber qual de nós marca mais golos. Por mim, era óptimo que ele marcasse mais 20 golos que eu, era sinal que a equipa beneficiava com isso». 

Seja como for, a comparação entre os dois não será a mais correcta. Isto, porque Paulo Vida é um ponta-de-lança clássico, enquanto Rafael prefere fazer um tipo de jogo mais completo: «Sim, gosto de armar jogo, sou um médio-ofensivo, prefiro vir atrás, lutar, procurar ganhar a bola, construir jogadas para o ponta-de-lança... O treinador conta comigo para isso, para ser um dos municiadores do jogo do Paços». 

Proveniente do Ipiranga de Irici, do Estado do Rio Grande do Sul, Rafael chegou na parte final da época passada e os frutos apareceram muito rapidamente. A adaptação a Portugal foi rápida: «O futebol português é relativamente parecido com o brasileiro. Aqui também é importante o toque de bola, a rapidez, tudo isso são características que me agradam. Tenho tido facilidade em me adaptar, muito por causa dessa identificação». 
 

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