Tudo igual e tudo diferente! Real Madrid e Barcelona empataram no Bernabéu, num jogo que nada teve a ver com o da primeira volta, embora os golos fossem obtidos de modo igual, em dois penalties!

Os catalães saem com oito pontos de vantagem, mas os «merengues» tiveram imensa alma, chegaram ao empate reduzidos a dez e o que se segue neste mês promete muito. Pelo meio, três portugueses em claro destaque: José Mourinho, Pepe e Ronaldo!

Confira a ficha de jogo

Pepe no meio-campo e Puyol de regresso três meses depois. Os primeiros dados do Clássico apontavam para nova estratégia de José Mourinho para travar o meio-campo do Barcelona, enquanto Pep Guardiola jogava com onze de gala, no qual o capitão estava de volta ao fim de longo período de lesão. Peças no tabuleiro, mas quem começava não eram os brancos. Os «blaugrana» assumiam a iniciativa: porque lhe está na génese e porque o Real Madrid também o quis.

O Barça trocava a bola como sempre, mas o Madrid tirava-lhe os últimos 30 metros como nunca. Os três médios de Mourinho conseguiam conter os catalães, e até foi Ronaldo quem fez o primeiro remate, num livre, que Valdés defendeu. Pouco depois, Messi ficou na cara de Casillas, mas atirou o chapéu para as mãos do guarda-redes.

O Clássico aquecia, por fim. Dois remates do Madrid que Valdés defendeu com dificuldade e a polémica, claro, apareceu, porque é daqueles ingredientes que não pode faltar num jogo de tamanha paixão. Villa caiu em lance com Casillas e toda a Catalunha pediu grande penalidade.

Com a bola a rolar, Messi voltava a testar o 1 do Real Madrid e Ronaldo quase marcava pela primeira vez ao Barcelona: Adriano cortou em cima da linha a melhor ocasião da partida até ao intervalo.

O melhor do mundo, contra o melhor do mundo e mais do mesmo

A segunda parte começou como acabara a primeira. Com o Real Madrid perto do golo, com Ronaldo a centímetros de marcar. Livre para o internacional português e bola no poste da baliza do Barça! Assustava o Madrid, com a estratégia de Mourinho a resultar. Sim, o Barça tinha bola, mas o Madrid tinha oportunidades em número igual.

No entanto, um erro tremendo de Albiol colocou Messi na marca de penalty. O central foi expulso e atravessou o relvado numa caminhada solitária, castigadora pela falha cometida. Frente a frente, então, o melhor do mundo contra o melhor do mundo: Messi bateu Casillas por centímetros e o Madrid caía num inferno.

A perder e reduzido a dez, os «merengues» mudavam. Pepe estava a ser um dos melhores em campo e teve de recuar, embora o tenha feito apenas por minutos, já que Mourinho foi ao banco buscar a alma do Madrid.

O treinador português já tinha Ozil em campo e meteu Adebayor e Arbeloa depois, para passar Pepe de novo para o miolo. Mesmo com dez, o Real Madrid mostrou-se ao rival e arrancou para o empate, numa grande penalidade de Dani Alves sobre Marcelo. o Barça protestou e Mourinho também, uma vez que o lateral não viu o segundo cartão amarelo, o que redundaria numa expulsão e, não menos importante, a ausência da final da Taça do Rei.

Dos onze metros, Ronaldo tinha oportunidade de ouro para marcar pela primeira vez ao Barça. Nestas coisas de duelos entre os melhores do mundo, houve mais do mesmo: Messi tinha feito pela primeira vez um golo a Mourinho, o CR7 estreou-se a marcar ao Barça.

O jogo abriu, houve mais lances para golo, mas a igualdade seguiria até final. Um empate saboroso para o Barça pela vantagem na Liga, apetitoso para o Madrid porque estancou a sangria de resultados frente aos «culés» e delicioso para o Mundo, que espera os próximos três clássicos entre os colossos espanhóis.

Veja os golos: