O marcador é «mentiroso», se olharmos para o que as duas equipas fizeram em campo e para o que valem? Certo.
Mas é perfeitamente adequado, se atendermos ao grau de eficácia que os dois contendores revelaram, esta tarde, em Vila do Conde.
Claudemir, nos primeiros minutos, lançou os primeiros avisos, com dois bons remates nos primeiros três minutos: o Nacional não estava no terreno do Rio Ave apenas para jogar para o empate.
Mesmo assim, a equipa da casa tentou pegar no jogo e desenvolveu algumas boas ações ofensivas na primeira meia hora.
Mas novo tiro de Claudemir, desta vez certeiro, deu vantagem inesperada ao Nacional, ainda antes do intervalo.
O segundo tempo começou com a noção de que estava tudo em aberto, mas é sabido que, uma vez a vencer, é especialmente difícil contrariar uma equipa orientada de Manuel Machado.
E há, de facto, muito mérito do treinador do Nacional neste importante triunfo conquistado fora. O professor deu ordens de remate na primeira parte e de contra-ataque no segundo.
Perante a incapacidade concretizadora do Rio Ave, o conjunto madeirense foi apostando cada vez mais no contra-ataque, explorando a velocidade de Candeias e o sentido finalizador de Rondon. Com a entrada de João Aurélio, o poder ofensivo do Nacional aumentou
ainda mais.
O 0-2 praticamente definiu a sorte deste encontro e deitou abaixo as esperanças que restavam nos vila-condenses. Curiosamente, o empate a 1-1 esteve quase a acontecer momentos antes, num fantástico remate do recém-entrado Renato Santos, só parado por grande defesa de Gottardi.
Mas lá está: um jogo destes define-se pela eficácia e ela esteve quase sempre do lado do Nacional.
Os últimos minutos, com o 0-3 e fases de completo desnorte da defesa do Rio Ave, foi apenas o último capítulo de uma história assinada, com letras de ouro, pelo conjunto madeirense.
