A construção da Casa dos Marcos, na Moita, para apoiar portadores de doenças raras, está parada por falta de pagamento do Ministério da Saúde. Em causa está uma verba de 400 mil euros, revelou a presidente da Raríssimas.



«Faltam apenas 10 por cento da casa para construir, nomeadamente as luminárias e as tomadas. São 15 dias de obras», lamentou Paula Brito e Costa, citada pela Lusa, nesta quinta-feira, à margem de uma visita do diretor-geral da Saúde, Francisco George, a esta associação nacional de deficiências mentais e raras.

Este complexo médico-residencial, cuja inauguração estava prevista para julho do ano passado, pretende dar resposta às necessidades de 7000 crianças com doenças raras.

«A Raríssimas está presa num contrato com um empreiteiro e um destes dias tem de começar a pagar-lhe juros», alertou a responsável.

«Desde o final do ano passado que o ministro da Solidariedade e Segurança Social tem vindo a anunciar uma linha de crédito de 50 milhões de euros para as instituições de solidariedade social e misericórdias e pensámos que podia ser uma ajuda, mas até agora nada», acrescentou Jorge Nunes, diretor financeiro da Raríssimas.

A Casa dos Marcos, que criará 74 postos de trabalho na Moita, região com elevada taxa de desemprego, terá uma clínica, um lar residencial, uma residência autónoma e centro de ocupações de tempos livres e de aquisição de competências. O equipamento está orçado em cerca de 5,1 milhões de euros, sendo 3,4 milhões provenientes de investimentos privados e 1,6 milhões de euros de financiamentos públicos.