U. Leiria-Sporting, 1-2 (destaques)

Valdés

O melhor em campo! Nova posição, novo Valdés, novo dez no Sporting. Paulo Sérgio não salvou um mineiro chileno, mas descobriu a mina de ouro para bater a União de Leiria. No 4x2x3x1, colocou Jaimes Valdés numa posição que até costuma ser do compatriota Matías (quando o leão joga neste sistema) e o camisola 15 leonino sacou uma exibição! Marcou dois golos, é verdade, o primeiro com recepção excelente e toque pronto, o segundo num remate de longe. Mas fez mais do que isso. Procurou ter a bola e dar dinâmica ao meio-campo, ora pelo meio, pela direita ou esquerda! Encheu o campo e acabou por dar a vitória ao leão com os primeiros golos pelo Sporting. Saiu nos descontos, para queimar tempo e para ser ovacionado.

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Postiga

Está de pedra e cal no onze, não pela ausência de Liedson, mas porque está em grande forma. Com companhia ou sem ela, está mais batalhador e, sobretudo, mais esclarecido que nunca. Provas? A assistência para o 1-0, num passe, não cruzamento, para a grande área leiriense, onde percebeu a entrada de Valdés. Postiga fez um passe de dez, milimétrico a cair nas costas de Zé António e prontinho para o chileno aproveitar. Ainda de costas para baliza soube sempre tabelar com os médios. Essa é, aliás, uma imagem de marca de um renovado ponta-de-lança, que continua a dar cartas e a merecer toda a confiança do mundo Sporting, apesar de aos 56 minutos ter estado no sítio errado à hora errada, a impedir o golo de Vukcevic.

Maniche

Se Valdés foi quem desequilibrou, Maniche foi o oposto. E ainda bem para o Sporting. O camisola 8 foi quem geriu o miolo, equilibrando a equipa, e a chegar à frente, até à área, para tentar o remate também. Foi espectacular? Não, mais muito mais do que acima da média. Também foi aquilo que é, experiente, porque soube dar rapidez à construção de jogo e abrandar quando era necessário ter cautelas. Em suma, um verdadeiro oito: bem a defender e ainda melhor a atacar.

Silas

Não jogou rápido. Mas jogou bem! Silas é o principal transportador de bola da U. Leiria e, nesta noite, foi o principal médio a colocar a bola jogável para os avançados. A equipa jogou algumas vezes no futebol directo para Carlão, mas sempre que teve a bola, Silas procurou uma solução diferente, mais bonita, mais técnica, e até inteligente. Teve lances para golo também e a substituição entende-se apenas por desgaste físico.

Carlão

Algumas das coisas que se disseram de Postiga servem para Carlão. O ponta-de-lança da União de Leiria foi sempre um ponto de mira da equipa, que lhe colocou muitas vezes a bola. O 83 leiriense lutou e muito com os centrais e ganhou muitas vezes. Recebeu, pôs a bola no chão e saiu a jogar. Marcou um golo a aproveitar um ressalto, é certo, mas teve clarividência para deixar Carriço no chão e bater Patrício com a maior calma do mundo. Na segunda parte continuou no mesmo tom e até teve uma grande abertura para Ngal (Patrício chegou primeiro). Sai, claramente, de cabeça erguida e com nota bem positiva.