O médio defensivo Keita regressou este domingo aos relvados, depois de estar fora por lesão desde 19 de setembro. O jogo até lhe correu bem, mas ficou marcado pela sua saída do terreno, em litígio com os responsáveis do Gil.

Keita pediu para ser substituído quando faltavam cerca de dez minutos para o final. Fez o gesto para o banco de suplentes, dizendo que não dava para mais. De imediato, João de Deus e os responsáveis do Gil pediram a Keita que se deitasse no terreno de jogo.

A resposta do médio foi negativa: sem rodeios acenou com o dedo a dizer que não. A insistência dos elementos do banco do Gil Vicente foi geral, médico incluído, mas este continuou a não se deitar no terreno, acabando por ser substituído aos 83 minutos, por Luan.

Numa primeira instância dirigiu-se para o banco de suplentes, e aí foi questionado pelo staff gilista pela sua atitude. O jogador voltou a ser peremptório na sua decisão, gesticulando para o treinador João de Deus, de forma bem visível. Acabou por rumar depois ao balneário, não assistindo ao final da partida.

O técnico-adjunto do Gil Vicente, Daniel Pacheco, que substituiu João de Deus na sala de imprensa, desvalorizou a situação: «Não me apercebi dessa situação, não falei com o Keita, isso foi secundário. Provavelmente o Keita teria vontade de continuar. Para nós, naquele momento foi secundário».

Já o capitão César Peixoto referiu tratar-se de uma situação normal do futebol: «São momentos do jogo, costumo dizer que o futebol não é para meninas nem para freiras. Eu também costumo berrar lá dentro. É uma situação normal do futebol».