Cinco meses depois e 14 jornadas pelo meio, o Sporting volta a perder com o P. Ferreira, no reencontro de Alvalade, a marcar o arranque da segunda volta. Cinco golos, uma grande penalidade mal assinalada (e convertida), outra por assinalar e muitos assobios para a actuação de Luís Catita e, no final, aos jogadores e direcção do Sporting, marcaram um desafio disputado até ao último minuto, mas que não serve as contas do leão.

Pelo caminho fica a inédita série vitoriosa do Sporting, após três jogos sempre a ganhar, que, ainda assim, segura o terceiro lugar, com 28 pontos, mais três que o V. Guimarães e quatro que a U. Leiria, que joga neste domingo. O P. Ferreira, que não vencia há três jornadas e fora desde a 7ª ronda, fez por merecer os três pontos conquistados em Alvalade.

Embalado por três vitórias seguidas no campeonato e pela consistência/maturidade em campo que até ao empate com o F.C. Porto escasseava, o Sporting apresentou-se convicto de que a quarta se seguiria. Mas por pouco tempo.

Paulo Sérgio recuperou quase a totalidade da equipa que venceu o Sp. Braga na ronda anterior, com as únicas alterações de Maniche por Zapater e Diogo Salomão no lugar de Postiga e o 4x4x2 a transformar-se num 4x2x3x1. O miúdo que Paulo Sérgio tanto quer preservar jogou mesmo de início, naquele que foi o seu terceiro jogo a titular. Também Rui Vitória optou por poucas alterações, com André Leão a relegar Filipe Anunciação para o banco, única mudança registada.

Que o Sporting dominou nos primeiros 15 minutos não há dúvidas, mas que podia ter feito muito mais até ao intervalo, e sobretudo na segunda parte, também não, mesmo frente ao sempre destemido P. Ferreira.

Logo aos dois minutos, Liedson, lançado por Valdés, um denominador comum a todas as jogadas de perigo do leão, falhou por centímetros o golo inaugural. Um desfiar de assistências e remates do chileno, com Cássio a brilhar do lado contrário.

Mas o leão baixou a guarda frente a um adversário ambicioso, prático e que nunca se dá por vencido. Não demorou muito a que o P. Ferreira se aproximasse com perigo da baliza de Rui Patrício, mas foi de longe, muito longe, que abriu o marcador.

Aos 28 minutos, um grande golo, a recordar o portista Guarín, desta feita uma bomba de Samuel a bater Rui Patrício, uma remate frontal e indefensável.

O duelo Cássio/Valdés reacendeu-se por esta altura, com o guarda-redes brasileiro a adiar o empate por três vezes em apenas dois minutos. Sempre o chileno a rematar, sempre o brasileiro a defender. Só aos 42 minutos, Cássio cedeu, por fim, mas numa recarga de Liedson, após mais uma defesa, agora incompleta, a remate de Valdés.

A um minuto do intervalo, a primeira decisão polémica do árbitro Luís Catita, a assinalar uma grande penalidade inexistente de Polga sobre Rondon e consequentemente convertida por Manuel José. Recordações da mão de Ronny...

Depois do teatro de Rondon, o puxão a Saleiro

Mais uma vez o Sporting a desperdiçar no arranque do segundo tempo, com Valdés a rematar de primeira para fora, mas agora a marcar primeiro.

O chileno mostrou o caminho, Liedson preferiu deixar nas mãos de Diogo Salomão e o jovem avançado encarregou-se de assinar o empate.

Paulo Sérgio trocou Maniche por Saleiro à procura da vitória e o avançado foi protagonista de mais uma decisão polémica de Luís Catita. Saleiro é puxado na área pacense, mas o árbitro, desta vez, nada assinalou.

Uma grande defesa de Rui Patrício aos 75 minutos negou o terceiro ao Paços, por Nelson Oliveira, mas foi um contentamento de curta duração. A oito minutos do fim, um ataque pela direita terminou no pé esquerdo de Pizzi, que sentenciou o desafio.