Falta-lhes vida, no fundo.
Tal como acontecera no Restelo, o Sporting teve o jogo ganho e não o soube segurar. Cometeu erros, ficou ansioso e perdeu o discernimento.
Com o Belenenses, recorde-se, a equipa encontrou-se a ganhar por dois golos de vantagem muito cedo, bloqueou quando o adversário reduziu e foi por ali abaixo até perder o jogo.
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Esta noite, por outro lado, encontrou-se também a ganhar muito cedo por causa de um autogolo desnecessário de Ney Santos, ainda na primeira parte ficou em superioridade numérica devido a uma expulsão ainda mais desnecessária de Lupeta, mas no fim deixou o Vitória empatar.
Um Vitória reduzido a dez e amedontrado com a imponência de Alvalade.
Este Sporting tem uma capacidade rara de ressuscitar adversários, no fundo.
O verbo é realmente esse: ressuscitar. O V. Setúbal, só para se ter uma ideia, acabou a primeira parte com apenas uma finalização, e sem perigo. François cabeceou em arco de fora e Marcelo Boeck deviou com uma palmada para canto.
Foi tudo.
André Martins e uma grande promessa de Wallyson: os destaques do jogo
É verdade que na segunda parte surgiu mais perigoso, sobretudo pela entrada de Suk: trouxe outra agressividade ao ataque, e trouxe também uma capacidade até então pouco vista de esticar o jogo.
Tudo isso é verdade, sim senhor, mas não muda o essencial. O V. Setúbal empatou numa bola parada, na qual a defesa do Sporting falhou redondamente. Miguel Lopes, por exemplo, deixou que François se lhe escapasse e servisse à vontade Miguel Lourenço, que só teve que empurrar.
Até então o Sporting tinha ameaçado o golo de todas as maneiras, e tinha feito brilhar Lukas Raeder. André Martins atirara ao poste, Naby Sarr, Miguel Lopes e Tanaka fizeram o guarda-redes sadino brilhar, outra vez Tanaka e Esgaio remataram muito perto do golo.
Depois do golo a equipa ficou confusa: teve muita vontade, muito ânsia, muitos ataques.
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Oportunidades de golo, porém, só duas: Esgaio atirou outra vez ao ferro e Tanaka rematou de pé direito a centímetros do poste. O resto do tempo foi ataque, pressão, pressão, ataque, mas sempre alguma coisa que falhava.
Como no fundo este Sporting versão B acabou por falhar na Taça da Liga.
A equipa continua a liderar o Grupo C, mas já terminou a participação na fase de grupos. Precisava agora que o Belenenses não vença em Guimarães e que o V. Setúbal não vença em casa o Boavista.
São realmente muitas contas, e contas complicadas.
O Sporting só pode culpar-se a si próprio: não teve experiência de vida para segurar o apuramento.
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