Havia alguma cláusula que lhe permitisse sair, uma vez que disse que não forçou saída? Outra pergunta, não foi campeão porque o Sporting não teve equipas com qualidade para isso?
«Já tivemos qualidade. Houve épocas em que perdemos o campeonato por um ponto. É uma mágoa, um sentimento muito triste que vou levar. Mas a vida é assim. O grupo que está cá merece todo o apoio e respeito, depois de termos sido atacados toda a época. Espero que saibam reagir. Um grupo que sem o Liedson não vai ficar mais forte, mas que a minha saída sirva de motivação para continuarem a luta, porque o Liedson é apenas um e o Sporting é muito grande. Quanto à primeira questão, não há cláusula nenhuma. Tive a proposta do Corinthians, apresentámos à Direcção, era boa para mim, para o Sporting e para o Corinthians. Havia muita gente que não me queria perder, mas expliquei a situação, de que a minha família queria voltar e eu também e este era o momento certo. Não forcei nada em momento algum. Tenho 33 anos e era difícil aparecer uma proposta desta.»
Vai fazer falta ao Sporting?
«Costuma-se dizer que só faz falta quem cá está. Fui um jogador influente e importante na equipa, mas outros jogadores que podem fazer a diferença. Há jogadores que podem assumir. O grupo é bom e forte, precisa de todo o apoio dos adeptos. O treinador também, é um homem de carácter, digno e injustiçado. Tem de se dar apoio a toda a equipa para se sair desta situação.»
Consegue dizer qual foi o melhor e pior momento no Sporting?
«O meu melhor momento foi quando cheguei no Verão de 2003 e assinei contrato. Daí para cá foi tudo muito bom, adorei, não me arrependo de nada. O pior não tive, tive coisas que foram obstáculos. A minha lesão, que me obrigou a parar seis meses.»
Paulo Sérgio disse que podia ficar até final do mês. Estaria nessa disposição?
«Sem dúvida, fui eu que cheguei a comentar isso. Mas dependia de Corinthians e Sporting, se houvesse acordo, por mim não havia problema nenhum, seria um prazer. As coisas não correram dessa forma e hoje foi o meu jogo de despedida.»
Dos 173 golos, qual foi o mais marcante? Está ansioso por fazer dupla com Ronaldo, no Corinthians, até porque você é o «Levezinho» e ele é o «Gordo». Completam-se?
«Não me arranje confusão antes de eu chegar (risos). Sempre admirei o Ronaldo, pelo modo como ele tem faro na área. Tem uma história linda, depois de tanta cirurgia ainda está na luta. Os meus golos foram todos muito importantes. Lembro-me de todos, porque cada um que fazia era como se fosse um título que ganhasse. Se não agradei a toda a gente, agradei a uma boa parte.»
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