Sporting-Naval, 3-3 (destaques)

Liedson

Merecia outra despedida, e fez tudo para a ter. Fiel a si mesmo, foi incansável durante noventa minutos. Recuperou bolas junto à defesa, apareceu no meio-campo a oferecer linhas de passe e foi felino no ataque. Diz adeus com dois golos, sendo que o último, o número 173 de leão ao peito, salvou um ponto. Uma exibição a comprovar aquilo que todos já sabem: as saudades que deixa e a falta que vai fazer.

Michel Simplício

Recuperado para a titularidade recentemente, o avançado brasileiro moeu por completo o juízo a Abel. Muito mexido, procurou criar perigo com diagonais da esquerda para as proximidades de Fábio Júnior. Autor do segundo golo da equipa figueirense, está ainda na origem do terceiro tento.

Abel

O grande golo marcado no Estoril e a ausência de João Pereira, por castigo, pareciam dar argumentos ao camisola 78 para partir para uma exibição sólida. Acaba, contudo, por regressar a casa com escassos motivos para sorrir. Poucos lances terá ganho a Michel Simplício. Na jogada do segundo golo da Naval compromete em dois momentos: na origem do lance e depois ao deixar fugir o adversário directo, que concluiu à boca da baliza.

Godemèche

Nunca complica, cumprindo à risca as ordens do treinador, mas ainda assim sabe aparecer sorrateiramente na zona de finalização. Faz a assistência para o golo de Michel Simplício e assume depois a autoria do terceiro tento, ainda que contando com a contribuição de Rui Patrício.

Salin

Sofre três golos sem culpas, e ainda evitou que Liedson se despedisse com 174 golos de leão ao peito. Com a defesa figueirense a jogar muito adiantada no terreno soube ser um libero pragmático, sendo que entre os postes foi sempre sinónimo de segurança.

Zapater

Esteve apenas 28 minutos em campo, e na verdade nunca chegou a jogar. Com o jogo condensado na zona do meio-campo andou sempre perdido. Não aparecia em zonas mais recuadas para pegar no jogo, mas também não conseguia criar desequilíbrios sem bola. Totalmente desorientado, foi justificadamente substituído por Salomão. Mais uma exibição a dar a ideia que os quatro golos em dois jogos foram a excepção que confirma a regra.