Em 93/94, Tomislav Ivic reserva um lugar para Secretário no núcleo duro da equipa. Precisamente na mesma posição onde até então Jaime Magalhães prendia a atenção dos adeptos. Agora, de dragão estampado na camisola, estreia-se nas Antas, frente ao Famalicão (0-0), entrando aos 64 minutos para o lugar de Jorge Couto. Registou o calendário: 11 de Setembro de 1993.
E aqui nasce a glória. O jovem Secretário começa a pontificar no céu azul e branco, ao lado de Vítor Baía, João Pinto, Fernando Couto, Domingos e Kostadinov. Em Novembro efectua o seu primeiro jogo nas eliminatórias da Liga dos Campeões, em Malta, frente ao Floriana (0-0). No mesmo mês marca o seu primeiro golo europeu, numa goleada histórica no estádio do Werder Bremen (0-5). Recordam-se?
No campeonato, o F.C. Porto afunda-se em maus resultados e Bobby Robson sucede a Ivic. O jovem extremo-direito mantém-se como um osso intocável no esqueleto do dragão. O título estava perdido para o Benfica e o sonho de ser campeão nacional esperou uma época, concretizando-se em 1994/95, altura em que vestiu pela primeira vez a camisola da selecção A, frente ao Liechtenstein, na maior vitória de sempre da equipa portuguesa (8-0).
Os outros textos
1. Secretário em entrevista: «Jogo com a Holanda marcou a viragem»
3. A carreira
- A dar nas vistas na Sanjoanense
- O Sporting, as saudades da família e a ida para o F. C. Porto
- Veredicto: emprestado
- De extremo a lateral
- Dias negros em Madrid
- De volta às Antas
4. Diz quem o conhece
- Fernando Santos (treinador do F. C. Porto): «Pu-lo a jogar contra tudo e todos»
- António Oliveira (seleccionador): «Muitas vezes injustiçado»
- Chendo (ex-jogador do Real Madrid): «Se calhar faltou-lhe regularidade»
- Humberto Coelho (ex-seleccionador): «Correspondeu sempre»
- João Pinto (ex-jogador do F. C. Porto): «Ainda bem que foi ele a substituir-me»
- Vítor Manuel (treinador do Salgueiros): «O nome dele saiu na rifa...»
- Costa Soares (F. C. Porto): «Sempre teve grande carácter»
- Aurélio Pereira (Sporting): «Era sportinguista desde pequeno»
- José Mina (Sanjoanense): «Não era um craque, mas sobressaía»