O título de campeão nacional de juniores, o êxito maior do seu contentamento de adolescente, ficava para trás. Começava agora a segunda etapa da sua carreira. A mais dolorosa, na qual os erros teriam de ser nulos para regressar ao F. C. Porto. Em 1988, Secretário era emprestado ao Gil Vicente (II Divisão), mas só na temporada seguinte desperta a primeira emoção nas Antas, pela mão do magriço José Augusto, quando representava o Penafiel. Tinha 19 anos nesse dia 26 de Agosto, data que jamais esquecerá. 

Aquele foi apenas o primeiro de muitos jogos na I Divisão. Seguiram-se muitos. Na sua segunda época em Penafiel é brindado com a companhia de Jorge Costa, longe de imaginar que o colega iria ser o seu capitão de equipa anos mais tarde. Na extrema-direita começa a dar nas vistas sempre que junta à velocidade ousadia, na ânsia de chegar à linha de fundo para efectuar cruzamentos rectilíneos. Já era um titular indiscutível. 

Mas é em Famalicão, primeiro, e em Braga, depois, que Secretário adquire a maturidade necessária para concretizar a dose maior dos seus sonhos. Em duas épocas (1991/92 e 1992/93) mostra credenciais e a sua forma de jogar depressa seduz treinadores exigentes como José Romão, Vítor Manuel e António Oliveira. O devaneio de criança estava quase a concretizar-se e o regresso ao F.C. Porto consumou-se em 1993/94, sob a astúcia de Tomislav Ivic. 

Os outros textos 

1. Secretário em entrevista: «Jogo com a Holanda marcou a viragem» 

2. Factos e números 

3. A carreira 

4. Diz quem o conhece 

5. A reconciliação com o «tribunal» das Antas 

6. Envie-nos a sua opinião 

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